sábado, dezembro 27, 2008

Ano Novo Estereofónico

E agora que já passou a época dos presentinhos e das azevias, toca a pensar na passagem para o novo ano de 2009. Fica a proposta de uma passagem de ano em grande, em Coimbra, com dj's estereo total e apoio RUC..




Entradas:
à porta: 8.oo€
pré-reserva: 6.oo€
* para: mailestereototal@gmail.com




quarta-feira, dezembro 24, 2008

Oh Oh Oh

Desde os meus tempos de meninice faço sempre uma pequena lista de presentes que gostava de receber no sapatinho. Torno pública a deste ano (pode ser que o Pai Natal se compadeça)...

1)
Adicionar imagem
Finalmente o senhor atenuou a porcaria que fez ao sair da Casa Branca...Sem dúvida um acessório a não dispensar.

2)


Por falar em WC, porque nao pedir ao Pai Natal este lip gloss em formato sanitário..aposto que o chineses nao têm destes

3)
Não sei qual a razão mas os presentes vão todos parar à retrete...Para os amantes de golf um pequeno campo de golf, para as longas estadias no WC..

4)

Que o Pai Natal não se esqueça desta toalha que dá para os dois lados...


5)












Que tal uma iluminura da Virgem Maria na nossa torrada matinal..Talvez nos salve do pecado da gula

6)

Este pinguim de ovos doces...














7)



Porque não esta cabeça de alce insuflável...Um cenário rústico fica sempre bem nesta época...

8)

Claramente baseado no amigo do Homer Simpson...

9)

Um paliteiro que exorciza os nossos males...

10)






















Este é sem dúvida o meu preferido..Um manual que ensina a beijar, com indicações precisas acerca das várias fases labiais que se dão durante o beijo...Enfim nada como experimentar..


E é com estes devaneios natalícios que vos desejo um FELIZ NATAL!

domingo, dezembro 14, 2008

Vegetação

O relógio marcava as horas que o deixaram de ser, num tempo indefinido, fantasma de outras eras, concretizadas em calendários, preenchidos de dias em que nada se fez..Queria levantar-me, lutar contra a dormência opiácea que não desmentia o aborrecimento, a angústia, o tédio que se abatia sobre o meu corpo..entre a pele que me vestia daquilo que não queria ser.
Continuava estirada na cama, numa massa amorfa de xailes, cobertores, e outros lanifícios afins, que mais pareciam aprisionar-me, interditando assim o suposto aconchego da chuva que se esbatia contra o vidro opaco da única janela do quarto. As pálpebras pareciam trazer em si o peso de mil anos, quando semicerravam o sonho, e o transformavam em pesadelo. O telemóvel tocava, enquanto me rebolava, mais uma vez, no leito onde vivo as núpcias do resto dos meus dias. Não queria atender. Não queria falar. Dizer palavras ocas de significado, que num acto pleno de egoísmo quero abarcar só para mim.
Tentava enfim sair da cama. Avidamente procurava o comando da tv. Queria estupidificar-me, combater o desassossego promovido pelas interrogações que se vão acumulando no baú, de cada vez que exploro um pouco mais daquilo que me rodeia. Percorri todos os canais. Já eram 14h e continuava acorrentada ao ócio que me corrompe até ao tutano das vísceras, que já não aguentam mais viver neste corpo mundano, profano, insano…Deixemo-nos de prosas poéticas, quando hoje só existem factos. E o facto é que ainda estou na cama (como se houvesse viva alma que queira realmente tomar conhecimento desta ocorrência). Não saio. Não ando. Simplesmente, hoje, não quero saber.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Esquecer II...

A mesa de cabeceira continuava mesmo ao lado da cama, com a garrafa de água em cima dela, só. Inerte. Vazia.
Deitada, os meus olhos desejavam chorar mas secos estavam como a garrafa de água ao meu lado: sós. Inertes. Vazios e...Secos.
Decidi, dada a garrafa sem água, não pensar em ti.
Decidi defender-me de ti e desse teu puzzle incompleto, como um soldado na frente de batalha desarmado e ferido.
Ás vezes penso mesmo que estou sentada num banco de madeira sem uma perna e que me equilibro nele para não cair, da mesma forma que equilibro as tuas peças do puzzle para não pensar em ti.
Outras vezes, encosto o banco de madeira velha sem perna à parede e deixo-me estar muito quieta, deixo-me estar simples e...sem metamorfose.
Nesses dias, dias de parede branca,... escrevo e: solto as peças de ti no chão como uma criança que as deixa cair só porque está distraída.

domingo, novembro 02, 2008

O Eterno Retorno

Tentei içar vales e montanhas..Anoitecer a mágoa com mantos reluzentes de pérolas famintas de sangue..Enterneci o tempo, e pedi-lhe que não transbordasse mais através dos meus poros..
Acordei. Ouvi o som estridente da campanhia..Os meus passos anteviam o rosto com que o tempo me brindaria, quando trespassasse a soleira da porta..Esbocei um sorriso..Tinha voltado..O gesto firmado naquele olhar, antevia que nada tinha mudado em si…”Ele voltou”, não me cansava eu de repetir mentalmente…Sentou-se junto de mim, e contou-me as façanhas dos longos anos em que, por vicissitudes da vida, se havia ausentado, sem deixar rasto, um trilho qualquer de pistas que vislumbrassem a sua existência.
Com pesar, falou-me de desgostos de amor, de glórias lupanares, que fatalmente se deixaram arrastar pelo efémero. Conheceu gente, passou pelos quatros cantos do mundo, construiu o seu próprio império de sonhos como se se tratasse de um castelo de cartas…Belo, mas frágil. Caminhou pelo deserto, escalou montanhas e percorreu as tundras enregeladas pelo prazer. Foi pirata, saqueador dos sonhos com que construía o seu mundo fantástico..E não, não se importava se os sonhos eram pertences íntimos de outrem, não lhe interessava que podia quebrar existências, quando roubava, com desdém, as quimeras daqueles que para elas viviam.
Continuei sentada junto ao parapeito da janela, de onde podia ver o jardim recoberto de túlipas, cujas cores contrastavam com qualquer espécie de sentir, que se me atravessava no momento. Ele continuou com a sua verborreia, como se quisesse depositar em mim todos os sonhos que já tinham deixado de o ser.Levantei-me, e olhei de soslaio para massa disforme de devaneios que ele tinha para me oferecer..Foi a minha vez de sair.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Amnesia

Esqueçamos todas as cores do passado, todas as renúncias ao prazer amarguradas pelo tempo..Esqueçamos as sementes com que dardejamos o amanhã, na esperança de colher os sonhos que tardam em chegar..Esqueçamos quem fomos e quem seremos..Ah, que mágoa tenho em esquecer...o esquecimento...

quinta-feira, setembro 04, 2008

Partida

Escrevo em anexo o que poderia ter escrito numa página principal...Num acesso fulminante de coragem ela perguntou:

-Então sempre vens comigo?

-Acho que não. Esse sítio fica longe demais-respondeu ele.

Sim, esse sítio ficava longe demais, longe de qualquer contacto previamente estabelecido...Não havia nada de familiar no lugarejo para onde iria. As paredes encontravam-se pintadas de um branco gélido, as cortinas, já gastas pelo tempo, escondiam as paisagens que ninguém quer ver...e os olhares eram vazios..vazios de alma e de fé.
Mas sim, era nesse lugar inóspito em que pensava ficar contigo. Adormecer-te nos meus braços, afundar-me em prosas sonhadoras do que há-de vir..Haveríamos de plantar um jardim, com túlipas de todas as cores, daquelas que cheiram a jasmim, e que só nós conhecemos. Finalmente abriríamos a janela e veríamos uma embarcação, em mar alto, daquelas que leva a desilusão para bem longe.
Com armadilhas, caçaríamos os predadores, aqueles que ferozmente nos vão rasgando por dentro..Faríamos um banquete com os seus restos nauseabundos de outros mundos infecundos.
Ao final da tarde sentar-me-ia contigo naquela rocha que vela o som do mar e, com contentamento, numa simbiose dançante, tua palavra ouviria. Caída a lua sobre nós, numa massa de sonhos me moldaria a ti, e num figurino improvisado talvez te visse a meu lado…

De malas feitas, parti, e num eco agonizante ouvi, por fim:

- “Já te disse: fico sem ti.”

sábado, agosto 30, 2008

Norte

Quando se procura o Norte, e ele vai fugindo no horizonte, resta..o cansaço..

O Que Há

O que há em mim é sobretudo cansaço —

Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,cansaço,

E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

sexta-feira, agosto 15, 2008

O Peso do Miosóti

Nos intersticios corroídos por si próprios, que ficaram espalhados no jardim, esfrego a minha alma perdida em restos de si mesma..Quando te pedir que venhas comigo, não te escondas, vamos explorar aquilo que ficou escondido atrás das árvores, vamos arrancar as raízes que ainda nos prendem ao amanhã que nunca vem..Peço-te que me ofereças uma flor, o miosóti purpura, com que cobres o teu rosto ao amanhecer..Preciso ver o teu olhar embevecido quando deslumbras o céu..Vem comigo, desbravar as noites marejadas de luar, salpicar o sentimento com o brilho das estrelas cadentes..Deixa-me arrebatar-te com um beijo, já cansado de esperar, numa fila de vontades, que se conglomeram em bolas de fogo que a tua ausência vai dardejando aqui mesmo, no epicentro deslocado do local do sismo…O cansaço desvanece-se entre todos os momentos em que ainda penso ser possível conhecer-te…desnudo daquilo que não és, num processo de subtracção contínua em que extraio a tua essência…qual será o seu aroma? Tem o perfume de terra molhada, ou será que ainda cheira a maresia, naqueles dias em que os tons dourados do pôr do sol se esquadrinham nas ondas?Se a tactear como é?Será sedosa, ou pelo contrário espinha-nos a cada toque?Não sei…só conheço os ecos do que acho que sei, e que, ilusoriamente, sustêm o peso das interrogações, que ,penso, se finam lentamente em si mesmas…

terça-feira, agosto 05, 2008

Sem espartilhos...

Sinto-te nas minhas veias,
injecto-me contigo até à exaustão.
Nas ruas lunáticas que percorro,
já te vislumbro entre os meandros de solidão...

Exaltas-me, fazes-me arder com paixão,
desolas-me de antemão,
enfraqueces-me e enalteces-me,
com essas tuas ideias excêntricas e bizarras.

És tu quem me despe nas noites de escuridão,
desta minha armadura de frieza,
que me protege e embalsama..

Beijas-me com as tuas palavras,
com o verso que não rima,
com o suspiro silenciado pelas tuas estrofes.

Eclipsas os ponteiros do relógio,
libertas-me e prendes-me secretamente,
ao manto de loucura ensolarada..

O incesto cometo ao escrever-te,
pois com paixão carnal te sinto,
mas simultaneamente te concebo,
e de mim nasces tu, ó meu rebento..

A tua realidade enlaça-me,
encaixa-me e trespassa-me.
E se um dia o triste fado me levasse,
talvez fosses tu poesia, o meu destino acarinhado..

quinta-feira, julho 17, 2008

when what remains is to write...

Quero agarrar-te, perder o controlo numa nuvem avarenta do teu sangue..Deleitar-me e ver-te aí mesmo estendido..Estou cansada de limbos verdejantes de raiva, que acabam todos entrecruzados num beco sem saída..Preciso de te ver transbordar dentro do que a minha pequena dimensão conhece..Fecho-me ou saio..Deixo-me ficar acabrunhada entre estes medos feridos de frustração, ou simplesmente resgato-me, e permito-me sentir o arco-íris de emoções, mesmo quando todas elas estiveram a ficar púrpuras…Abre-se uma frecha aqui mesmo neste meu pequeno mundo... quero remendá-la já..não deixar que se percam as vivência já esquecidas, que me esvaia em planos do que nunca fui..Quero-te deixar ir em prelúdios de dias finais..enfiar uma foice na mochila,e percorrer outros mundos que não este…

domingo, julho 06, 2008

Curiosidade: Camp Image

Depois de ouvir falar de hippies, betos, metaleiros, alternativos, emo's, góticos, surfistas ou skaters, caixas de óculos, nerds e sei lá mais o quê...hoje, enquanto lia a auto-biografia de Freddie Mercury, descobri outra grande caixinha: a imagem camp. O conceito da imagem camp pareceu-me bastante interessante e curioso...

Assim,
"Camp image: Estética que se reporta aos manifestos de Oscar Wild e Susan Sonta, remetendo para a androginia, a teatralidade, a ironia, a frivolidade e o artifício. É frequentemente associada à cultura gay".

Além dos Queen (que são um exemplo deste estilo camp) é também apontado o David Bowie, entre outros da época, como campers.

(camp, em inglês, além de acampamento, poder ter o significado de antiquado, ridículo, afeminado, gay).





"A maquilhagem diz-nos mais que o rosto"
Oscar Wilde

E esta heim?

quarta-feira, julho 02, 2008

Festival de Benicàssim



17 a 20 de Julho
Preço: Passe 4 dias - 151€
(ver melhor aqui)

Descrição:

17 de Julho

Aldo Linares
Battles Black Lips
Facto Delafé y Las Flores Azules
Krakovia
Lightspeed Champion
Mates Of State
Nada Surf
Pin & Pon Dj's
Sigur Rós
Single
Dj Supermarkt
These New Puritans
Two PIAS DJs

18 de Julho

Babyshambles
La Casa Azul
Chromatics (live)
El Columpio Asesino
Danton Eeprom
DerWinzige
El Guincho
Erol Alkan
Fujiya & Miyagi
Gentle Music Men
The Glimmers
Hot Chip
I Was There
Josh Wink
Metronomy
Mika
My Bloody Valentine
New York Dolls
Róisín Murphy
Robert Babicz
The Rumble Strips
Spiritualized
Tobi Neumann
Toxicosmos Dj
Vincent Vincent & The Villains

19 de Julho

American Music Club
Ascii.Disko
Blanca db
Booka Shade
Bracken
The Brian Jonestown Massacre
Calcetines & Johann Wald
DaPuntoBeat
Eef Barzelay
Gnarls Barkley
Heavy Trash
Ivan Smagghe
John Acquaviva
José González
Juan de Pablos
Kiki
The Kills
Líneas Albiés
Lori Meyers
Manos de Topo
The Marzipan Man
Metope
My Morning Jacket
The Raconteurs
Tiefschwarz
The Ting Tings
Tricky

20 de Julho

Calvin Harris
The Courteeners
David Duriez
Death Cab For Cutie
El Hijo
Ewan Pearson
Joakim
José María Rey
Justice (live)
Kinki
Leonard Cohen
Marc Marzenit
Micah P. Hinson
Morente Omega con Lagartija Nick
Moriarty
Morrissey
The National
On Air
Radio Slave
Richard Hawley
Siouxsie
Supermayer
Tommie Sunshine
Vive La Fête
Yelle

Simply THE Festival! :)

(okay, o optimus alive também está muito bom)

segunda-feira, junho 30, 2008

Atlas Sound

I walked outside

I could not cry

I don't know why


É assim a letra do tema “Recent Bedroom” do último e único álbum de Atlas Sound.

Este álbum, editado este ano, chama-se “Let the blind lead those who can see but cannot feel” sendo que este é, na minha opinião, um nome, nada fácil de pronunciar radiofonicamente mas que reflecte muito do álbum.

Ao ouvir o álbum com atenção podemos fechar os olhos, tentando encontrar refúgio nos sons chuvosos e silenciosos de Bradford James Cox. Estes sons, algo melancólicos, algo metálicos transportam-me para janelas de comboios regionais em dias de chuva. O reflexo do nosso nariz de perfil no vidro molhado, um pouco distorcido, parece-me combinar bem com o som do comboio que arranha os carris da viagem cega. Num misto de segurança e dor é assim que a musica de Atlas Sound dança desengonçadamente no estômago, chorando sem lágrimas, num grito mudo.

"Let the Blind Lead Those Who See But Cannot Feel" retrata uma fase da vida de Bradford Cox quando este foi internado num hospital durante todo um Verão da sua adolescência, devido a uma doença de ossos degenerativa. O isolamento das paredes brancas do hospital sente-se neste álbum, que compôs sozinho com poucos instrumentos e o seu laptop.

Com influencias como Robert Wyatt, Everly Brothers, Suicide, Laurie Anderson, The Breeders, Robin Guthrie, Casino Versus Japan, Stereolab, William Voight, Sparks, S.E. Rogie, Nuno Cannavaro, Piere Henry, Raymond Scott, Roy Orbison, este é um album a não perder.


Neste marasmo de ideias quase sem sentido destaco duas musicas: Recent Bedroom e River Card.

MySpace

segunda-feira, junho 23, 2008

Viagens da Almerinda das Arroteias



Numa noite na varanda de casa foi decidido por unanimidade escrever ou relembrar ou simplesmente imaginar aqueles conselhos ou frases (quase em forma de mandamentos)que as avozinhas tanto nos dizem.
Estes conselhos, de tão sábios que são, fazem quase uma súmula de toda uma vida de experiências vindas algo do fantástico ou do (porque não?) bucólico (ou será burlesco?)?



1. Minha filha(o), guarda sempre o melhor para ti...
2. Agora os homes também já usam brincos? Nunca faças isso!
3. Um sorriso não custa nada a ninguém.
4. Vê la, você também tem telhados de vidro, também As tem em casa.
5. Ajudai o vosso pai, ele faz muito por vós.
6. Vê lá, andas sempre a mudar de namorado(a): quem muito escolhe, muito se engana.
7. Também já tomas dessas drogas???
8. Ele deve andar metido na farinha, que ele é só carros novos!
8. Ela nunca me enganou.
9. Olhaa...ela(e) juntou-se (sussurro).
10. Olha que uma mulher/homem quer-se refeitinha(o), estás muito magra(o)!
11. Não andes para aí a dar pão aos pitos!
12. Olha que ele toda a vida foi um escravo, labutou labutou e agora oh? Acho que ainda deixou um dinheirinho pós filhos.
13. Tu estuda, se algum dia quiseres ser alguém!
14. Olha que como fizeres a cama, assim te deitas.
15. Faz o teu pézinho de meia, nunca sabes quando te vai fazer falta.
16. Que é que ela anda sempre a fazer em redor, sempre em redor, sempre em redor do... padre?
16. Também usas dois brincos na orelha?
17. Um triguinho com planta e leitinho com a cevada é que te faz bem.
18. Olha, ele é Doutor mas anda a ajudar o pai no quintal!
19. ...as internets!
20. Areeerica amiga, não sejas como o Zé do Rato, tudo que tem, tudo põe ao trato.
21. Anda cá, que eu vou-te fazer uma espera!
22. Aquela entrada daquela casa é uma estrumeira, que gente porca! É preciso ter gosto!
23. Ele comprou um carro? Não! Anda a pagá-lo!
24. Olha eles são uma xupistas, andam sempre corridos pa lá, pa segurança social, eles uns xupistas!
25. Também andas com as calças rasgadas, falta-te dinheirinho em casa, é? Sempre remendado, sempre remendado!
26. Tu vê lá, ainda te calha uma boa Bisca!
27. Aquela mulher é limpa, tem sempre uma roupa no estendal sempre tão branquinha! Assim é que tu devias arranjar!
28. Olha que elas põem-se a pé cedo, não são como vós. Elas são videiras!
29. Férias? ai que a vida não está prá isso!
30. A empresa do oitro lá fechou, mas olha o dono ainda bufa bem, aí com bons carros! Eles não têm pena dos coitados!

Especial funerais:
1. Olha foi pa junto de Deus!
2. Quem ficaria com o cordão da avó?
3. Coitadinho, olha como Deus o apanhou de repente!
4. Quem será a assear a campa?
5. Ainda ontem andava aí todo direitinho...

Especial casamentos:
1. Gostou? O quê?? Só um xiquinho nos pratos, agora tudo quer ir pás quintas, tudo quer ir pás quintas e depois não há quem pague!
2. E a noiva estava bonita? uii cheia de brilhantes, com aquelas mamas ao leu!
3. Foi um casamento pla igreja ou plo civil?
4. Você pensa que não é com o dinheiro das prendas? como é que eles tinham dinheiro para isso?





Por favor, completem esta nossa colecção com mais grandes pérolas destas que se lembrem...

lol

sexta-feira, junho 06, 2008

Coliseu

Rubros de paixão, rubro de raiva, rubros de loucura, rubros de cansaço…Arroxeados com as soçobras de prazer que anteveram os primódios do amanhã…Desapareceu o sentimento..Apertou-se nele mesmo, deu um nó e sufocou-se..Que fazer com o corpo?Porque não escondê-lo entre as nossas entranhas, revolvê-lo e amordaça-lo, no recanto mais humano das vísceras…Deixa-lo contorcer-se de dor e de ódio..E num prelúdio do tempo, que já passou, ouve-se o derradeiro gemido agridoce que nos embala nas agonias trausentes que se vão perdendo em nós mesmos…As feras uivam lá fora, sedentas do sangue e da carne, dos restos..do sentimento…

domingo, junho 01, 2008

O beijo...







René Magritte










Gustav Klimt


















Pablo Picasso
















Meu coração tardou

Meu coração tardou. Meu coração
Talvez se houvesse amor nunca tardasse;
Mas, visto que, se o houve, houve em vão,
Tanto faz que o amor houvesse ou não.
Tardou. Antes, de inútil, acabasse.

Meu coração postiço e contrafeito
Finge-se meu. Se o amor o houvesse tido,
Talvez, num rasgo natural de eleito,
Seu próprio ser do nada houvesse feito,
E a sua própria essência conseguido.

Mas não. Nunca nem eu nem coração
Fomos mais que um vestígio de passagem
Entre um anseio vão e um sonho vão.
Parceiros em prestidigitação,
Caímos ambos pelo alçapão.
Foi esta a nossa vida e a nossa viagem.

Fernando Pessoa

quarta-feira, abril 16, 2008

..or lets just smile

"...para amar alguém verdadeiramente é preciso estar no mesmo quarto que a outra pessoa, agachado atrás das cortinas" Woody Allen

terça-feira, março 11, 2008

domingo, março 02, 2008

Anyone else but you - The Moldy Peaches

Descobri os The Moldy Peaches no grande advento da internet...

Os Moldy Peaches são um grupo da cidade da grande maça (para quem não souber qual é recorra ao grande advento acima mencionado) fundado por Adam Green e Kimya Dowson (recorram, desta feita, ao advento, mais especificamente ao myspace, para verem o projecto a solo dos respectivos pois também merece a pena).
Fazem parte do "movimento anti-folk" (para quem quiser mais esclarecimentos acerca do movimento, agradeço que partilhe aqui no blog porque eu própria ainda estou para o perceber).

Isto tudo para dizer que uma das musicas dos The Moldy Peaches faz parte da banda sonora do filme JUNO (que eu ainda não vi mas ando em pulgas - utilizando a gíria portuguesa - para o ver).
Esta musica chama-se, "Anyone else but you" e tem uma letra simplesmente...sublime!

É precisamente a letra da musica que pretendo partilhar e que aqui vos deixo:

You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I will find my nitch in your car
With my mp3 DVD rumple-packed guitar
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you


Up up down down left right left right B A start
Just because we use cheats doesn't mean we're not smart
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

We both have shiny happy fits of rage
You want more fans, I want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Don Quixote was a steel driving man
My name is Adam I'm your biggest fan
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Squinched up your face and did a dance
You shook a little turd out of the bottom of your pants
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Nota:

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Curiosidade: VAGINAS DENTADAS?

Numa noite de copos, alguém (não sei quem) introduziu um conceito que, deveras, desconhecia.... o conceito de vagina dentada...

O que é, então, uma vagina dentada?
Fui à net pesquisar e cá está o fruto da minha pesquisa....

divirtam-se....


Entre os maoris, há um mito interessante envolvendo a vagina. O semideus Mauí tem fama de curioso e criativo. Buscando a imortalidade, Mauí partiu para o mundo ctoniano, onde morava a deusa dos mortos. Pensava aproveitar o sono desta para entrar no seu corpo pela vagina, seccionar seu coração e escapar pela boca.
Antes de partir recomendou aos pássaros que o acompanhavam que não fizessem nenhum barulho, para não acordar a deusa. Mas, no momento em que passava a cabeça pela vagina da Deusa, um dos pássaros achou o espectáculo tão engraçado que foi tomado por riso incontrolável. A grande dama da noite acordou sobressaltada, fechou as coxas, e Mauí, o travesso, pereceu estrangulado. Depois desse acidente a morte passou a existir no mundo.
Os maoris associam, assim, a vagina à morte. Os nomes que usam para designá-la são: casa da morte, desgraça e buraco destruidor. A vagina, porta de entrada no mundo, adquire o sentido de destruição.

Na Índia é bem conhecida a lenda da vagina dentada. O pénis do homem seria decapitado por tal monstruosa boca, por uma…vagina possuidora de assustadores dentes. Até a psicanálise freudiana falou dela, como uma transcrição directa do poder feminino e… do medo masculino. O horror de ser castrado no momento do coito atribui, então, o poder às mulheres.
A vagina dentada é um símbolo poderoso de cintos de castidade, acentuando o mistério da sexualidade feminina, especialmente da anatomia genital e seu poder. O mito é também um resumo da sexualidade de Eva. A vagina dentada muda o mito de Eva, permitindo que mulheres possam guardar seus desejos sexuais para os homens, assim como controlar a entrada do homem dentro dela, mais do que o inverso.
A representação mais actual desse fenómeno é a Viúva Negra; ela permite sexo para a reprodução e depois mata seu parceiro. A vagina dentada também permite a penetração apenas para a castração depois do acto.

Comentários? nenhum!

Fura_bolos (lol)

sábado, fevereiro 09, 2008

Prenda para o dia dos namorados?




Há algo de único nos palhaços… são aquelas personagens que inexplicavelmente têm a profissão de fazer rir os outros….
Como será viver do riso e das gargalhadas dos outros?
Alguém uma vez disse que por detrás de um sorriso de um palhaço se esconde um homem com uma lágrima disfarçada entre as pestanas, com gestos demasiado falsos para serem…verdadeiros…

John Wayne Gacy vivia do riso das crianças na rua…
John Wayne Gacy vestia-se de vermelho e pintava a cara de branco…
John Wayne Gacy tinha o olhar triste quando criança e, em adulto, vagueava entre os risos dos lábios doces e sujos do gelado de baunilha com chocolate…

His father was a drinker
And his mother cried in bed
Folding John Wayne's T-shirts
When the swingset hit his head
The neighbors they adored him
For his humor and his conversation


Em 1978 a policia de Illinois, Chicago, numa busca à casa n.º 8213 West Summerdale, encontra, num alçapão do chão de madeira escura, os corpos decompostos de 29 rapazes mortos…

Os vizinhos diziam que John Wayne Gacy fazia sorrir e sorria

os rapazes nas paragens de autocarros, sorriam, recebiam propostas de trabalho, iam até à casa n.º 8213, bebiam, sorriam novamente e…
…acabavam por serem abusados sexualmente, com os seus gritos sufocados por acessórios de palhaço e os seus corpos mantidos ao lado daquele que os fazia rir até a decomposição aguentar…

Look underneath the house there
Find the few living things
Rotting fast in their sleep of the dead
Twenty-seven people, even more
They were boys with their cars, summer jobs
Oh my God

Are you one of them?

He dressed up like a clown for them
With his face paint white and red
And on his best behavior
In a dark room on the bed he kissed them all
He'd kill ten thousand people
With a sleight of his hand
Running far, running fast to the dead
He took off all their clothes for them
He put a cloth on their lips
Quiet hands, quiet kiss
On the mouth


No final, guardava-os no alçapão da casa n.º 8213…

Em 1988, Gacy foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte.
Enquanto aguardava no Corredor da Morte do Menard Correctional Center de Illinois, Gacy - apelidado pela imprensa de "Palhaço Assassino" - passava o tempo a fazer desenhos infantis, passava o tempo a desenhar… palhaços…

(desenhava-se a si mesmo? Procurava-se a si mesmo? Ou simplesmente tinha medo de se encontrar e escondia-se num alçapão, num riso de um... palhaço?).

And in my best behavior
I am really just like him
Look beneath the floorboards
For the secrets I have hid.


As suas ilustrações são consideradas itens de colecção e alcançam altos preços no mercado.

Fura_Bolos

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Mitologia contemporânea

O grande «roe»

O grande roe é um animal mitológico com cabeça de leão e corpo de leão, mas sem serem do mesmo leão. O roe tem fama de dormir mil anos para depois surgir em chamas, especialmente se estava a fumar ao deitar-se.

Diz-se que Ulisses acordou um roe aos seiscentos anos, mas este mostrou-se apático e mal-humorado, pedindo-lhe que o deixasse ficar na cama mais duzentos anos.

O aparecimento de um roe é geralmente considerado coisa nefasta e costuma anteceder um tempo de miséria ou a notícia de uma festa de sociedade.


Woody Allen, Prosa Completa