sexta-feira, setembro 30, 2005

Apontamento

Em que sitio é que vivemos? Que mundo é este que passeamos, deixando a vida caminhar ao nosso lado, sem termos o controlo sobre a nossa sombra? A sanidade escapa-nos dos dedos como a areia e quanto mais a tentarmos agarrar, quanto mais incessantemente nos tentamos prender a ela (mesmo abdicando da própria liberdade do nosso ser) mais ela se nos escapa… Viver sem pensar, viver apenas para sentir… Mas será essa a solução? E o resto? Onde fica a quarta parte de controlo no descontrolo da vida?
Às vezes só apetece fechar os olhos subtilmente e sentir o vento na face ou então correr, correr sem parar até sentir os músculos a doerem, os ossos a estalarem e a respiração ofegante. E cair, finalmente, no chão, sem alma, sem o peso do mundo, sem ninguém, só… Simplesmente só.. Terrivelmente e assustadoramente só… As lágrimas, finalmente, salificam as maças brancas do rosto, escurecem as olheiras já negras e magoam os olhos avermelhados, escorrendo lentamente e em silêncio como pingos de chuva numa janela… E então suspiramos como se fosse a primeira vez que o fizéssemos, depositando toda a fé (a pouca que resta) nesse suspiro libertador da asfixia de existir e pensamos: “Que se lixe!”…

Fura_Bolos

segunda-feira, setembro 19, 2005

Casa da Cultura de Guimarães

Foi inaugurado em Guimarães no dia 18 a casa da cultura! Depois de 30 anos de hipotéticos planeamentos e de sonhos interrompidos foi finalmente concretizada uma obra muito importante, não só para a comunidade vimaranense, mas também para a população portuguesa em geral (okay estarei a ser um pouco pretensiosa?).
Foi inaugurada com a actuação dos MadreDeus, o primeiro de muitos espectáculos artísticos, espero eu.
A casa da cultura fica no palácio de Vila Flor e acreditem se forem a Guimarães: esse vai ser um local que não vão quer deixar de visitar (um entre muitos, claro!).
Além do espaço estar completamente novo, tem um exterior maravilhoso, circundado por pequenos canteiros e jardins de sonho! Tem uma paisagem paradisíaca, onde se vê a cidade inteira, como se conseguisses abraçar toda a paisagem de uma só vez.

Fura_Bolos (extasiada)

sexta-feira, setembro 16, 2005

A guerra dos titãs (parte I)

Mal podemos esperar pela resposta da Mindinha: gera-se o duelo do capitalismo saudavel e do comunismo saudavel (?)!!! Quem vencerá??

Não percam o próximo post, porque nós também não!!

Fura_Bolos (a mediadora politica - vá subornem-me bem que eu até sou boazinha ;) )

quinta-feira, setembro 15, 2005

Becos com saída:O capitalismo “saudável” surge de valores humanos

Sem partir para a retórica dualista partidária, direita ou esquerda… entendo que nem uma, nem outra venera a entoação desta tal palavra, capitalismo.
De uma forma sucinta, passo a explicar, a direita enfatiza a intervenção, a assistência dos mais desprotegidos da sociedade (com o empreendimento económico) a esquerda, por sua vez, promove a solidariedade dos fragilizados (ajudas sociais) … ao fim ao cabo, a ideia de uma é a reciclagem da outra, pois isto torna-se cíclico.
E sinceramente, o que se chama de “coerência” em politica não é nada mais que o persistir do mesmo erro... Admitir que erramos é incongruente com uma boa imagem politica mas uma coisa friso, a mudança de ideias, já defendia o Piaget, consiste numa assimilação e numa acomodação perante o meio e as estruturas do sujeito. Ou seja, uma adaptação equilibrada ao mundo actual está, coniventemente, relacionada com a evolução do nosso intelecto. Por isso, aquele que tem a coragem de admitir o erro e refazer a sua ideia, está a dar um passo não só para si mas também para a evolução da humanidade. Não quero estar aqui a afirmar… que a política (partidária, principalmente) é anti-evolução mas às vezes, pressupõe uma evolução retrógada.
Agora, sugiro, que retomemos à reflexão sobre o capitalismo, a tal palavra que não se deve prenunciar… Eu concordo com a economia do mercado…e porque não?! Ora vejamos… Uma empresa, segundo um artigo de um conceituado psicólogo, Ricardo Vagas (e é português!!!), tem como motor os valores humanos. Se não, ora vejamos, os comportamentos, as atitudes e a cultura não são 100% geríveis. Porquê?! Porque não são controláveis, são constantes renováveis, imprevisíveis… mas é esse facto que as faz ser o impulso gerador da competitividade. Já que o tecnológico e o produto podem ser copiados, plagiados, pirateados mas a dinâmica interna da empresa, a natureza da ligação cliente-empresa com as interacções dos objectivos, não, e é esse o marcador da diferença. É como se eu dissesse que aquela pessoa tem carisma porque o seu interior consegue transparecer na interacção com o exterior, no visível, mas não é por eu me tornar, exteriormente igual a essa pessoa, que vou ter o mesmo sucesso que ela, com uma empresa acontece o mesmo.
Ao contrário, do que nos diz a dialéctica marxista que preconiza a tensão entre a posse dos meios e a produção massificada pelo mundo capitalista com o aluguer da mão-de-obra pela classe trabalhadora. Ora isto, não faz qualquer sentido, numa economia que tem como base as competências e os conhecimentos de cada um, como estive a explicar anteriormente. Hoje em dia, a mão-de-obra passou a ser cabeça-de-obra que tem como resultado os meios de produção e a tecnologia… sendo estes inseparáveis.
Então, é importante que uma empresa aumente o seu grau de alinhamento individual, porque esta aumenta a responsabilidade que cada indivíduo tem perante a sua equipa de trabalho, de forma, atingir os objectivos comuns propostos.
Conclusão: A força invisível - os Valores Humanos, são as palavras-chaves para fazer a distinção de uma empresa com sucesso de outras coisas que se possam dizer. E depois dizem que essas empresas são capitalistas ??!!

Polegar (A kina vai-me matar :P)

segunda-feira, setembro 05, 2005

D'ZRT ???

Ontem depois de tanto dançar com os lençóis, já todos encarquilhados, no serão da minha cama, decidi dar-me por vencida e perceber que não ia conseguir dormir e, por fim, ligar a televisão… Liguei para a RPTn e qual não é o meu espanto ao ver que estava a dar o top+ aquela hora da manh?! Há anos que não via o top nacional e tive pena de o programa já estar no final e de só ter tido tempo de ouvir a apresentadora, tipicamente loira, a anunciar “e agora no 1.º lugar estão, novamente, pela 5.º semana consecutiva os D’ZRT" (acho que é assim que se escreve o nome da banda). É claro que eu já tinha ouvido falar dos D’ZRT. Quem nunca ouviu falar desta banda rap, pop, rock, pop rock, hip hop, trip hop sísmico e… pimba, tudo ao mesmo tempo?

Bem.. a pergunta que mentalmente fiz a mim mesma foi: como é que estes tipos conseguem estar no top nacional tanto tempo? A resposta ainda está em incubação, por isso mesmo gostava de algumas sugestões, para além das que eu seguidamente apresento:

(1) Quem gosta dos D’ZRT são pitas porque vêm os morangos com açúcar e, por isso, fartam-se de comprar os cds deles e de colar posters ridículos nas paredes deles semi-nus seus quartos. Mas os adultos com um mínimo de bom senso já não compram cds? Ou compram menos cds que as pitas?

(2) Eles contrataram o apogeu mundial de empresas de markting e de publicidade, para conseguir atingir um pequeno pais europeu: Portugal!

(3) A população portuguesa em geral já não compra cds e, por isso, as pitas abalam com a média nacional quando os compram.

(4) A população portuguesa em geral não percebe nada de música e por isso come toda a palha que lhe dão para comer.

(5) Eles subornaram as rádios portuguesas para passarem mais vezes as suas musicas e, por outro lado, para passaram mensagens subliminares quando não estão a passar um “original dos D’ZRT”

(6) Devido ao furacão Katrina.

(7) Eles ameaçam as pessoas sempre que aparecem na TV (com letras subversivas, gestos pornograficos e figuras Locknessianas) e estas, vítimas inocentes, compram-lhes o cd com receio de piores repercussões nas suas vidas.

(8) Eles utilizam sofisticados métodos de hipnose via televisiva que faz com que as pessoas entrem em pleno sono quando vêm o cd dos D’ZRT na fnac e, portanto, gastem o seu sagrado dinheiro nele.

(9) Devido ao país estar em chamas? Ou seja como andamos todos em baixo, precisamos de nos rirmos para passar melhor momentos..

(10) O numero de circos de origem portuguesa aumentou em flecha.

(…)

Fura_Bolos (levem-nos po deserto e deixem-nos à sede*)

*by ruindade maxima