terça-feira, agosto 31, 2004

Vamos lá falar do Barco do Aborto

E voltou mais uma vez a polémica do aborto… O que é bom porque este assunto tem mais é que ser discutido e não adormecido. E isto, graças a um grupo não governamental holandês, a Women On Waves (www.womenonwaves.org/), criado por algumas pessoas que utilizam um barco com todas as condições para a pratica voluntária da interrupção da gravidez. Sendo que, este acto é praticado fora do pais em causa. Por isso, é que é utilizado um barco porque permite se por a milhas de distância, longe de hipocrisias politicas, sociais e religiosas. Mas… não é só isto que eles fazem… Também realizam palestras, dão informações, distribuem preservativos, fazem campanhas de esclarecimento… E é isto que o governo Português quer proibir?! Então… estamos ou não estamos numa democracia que temos que ouvir os prós e os contras?!
Já agora uma directa só para o Paulo Portas -> O aborto é considerado contra natura mas sabia que a homosexualidade também?! Então pela ordem de ideias se aborto é crime por ser contra natura a homosexualidade também era, não?! No entanto, não acho nem um nem outro crime.
Será que actual lei protege alguém?! -> As mulheres desesperadas que querem fazer o aborto?! Aqueles que promovem a vida?! Sabendo que não é o facto de ser ilegal que o aborto não é praticado?! E que sabem que há enumeras mulheres que morrem devido ao uso indevido de métodos para provocarem a interrupção de uma gravidez, principalmente, as mais desprotegidas, as mais necessitadas e as mais carenciadas e não as filhas de primeiros-ministros que podem recorrer a clínicas privadas fora do país. Isto é ou não é uma hipocrisia?!
Eu acredito na prevenção … na divulgação dos métodos contraceptivos, nas aulas de educação sexual, que haja mais apoio para o planeamento familiar, etc… mas isto por só funciona?! Como se vê neste país. Não é suficiente.
O que é que vocês sabem sobre as consequências nefastas após aborto?! Das instituições de crianças abandonadas, dos métodos contraceptivos?! Sabiam que existe o preservativo feminino, que dura seis horas no corpo da mulher, que a pílula do dia seguinte ingerida regularmente é muito prejudicial, que não há contraceptivos100% eficazes?!
Por fim, esclareço a minha opinião que é: eu sou contra o aborto mas sou a favor da despenalização do aborto. Acredito que quando houver sítios especializados e legais com acesso a todas as mulheres com este problema, com o intuito a que sejam bem assistidas, a nível do foro psicológico e físico e não só, que lhes sejam expostas todas as possibilidades de resolução do problema e lhes seja fornecida toda informação e preparação necessária para este decisão difícil de se submeterem a um aborto. O aborto deixava de ter tantas consequências drásticas como tem hoje e que tem tendência a aumentar.

A Polegar

3 comentários:

Mãozinhas disse...

faltou-te falar dum facto sue: Qndo ouve um referendo sobre a liberalização do aborto mais de metade da população n foi votar, preferiram ir para a praia, o que torna a questão ainda mais revoltante!
E se reparares, poucas pessoas se dão ao trabalho de se informarem acerca destes assuntos, a não ser qndo lhes bate a porta o problema (tanto é k aposto k poucas pessoas se dão ao trabalho de ler e comentar este post, por exemplo - este é uma directa po ppl discutir mais os assuntos k realmente interessam!)
Agora de quem é a culpa?? das pessoas ou do estado q não divulga de uma forma + eficaz estes problemas?? é preciso um barco querer atracar na nossa costa para se falar dum problema que sempre existiu??

Fura_bolos

Mãozinhas disse...

É verdade, as pessoas preferem "esconder a cabeça debaixo da terra" e não discutem problemas que interessam mm e que podem tocar a qq um. Culpo tanto o Estado, que deveria incentivar à discussão, uma vez que se trata de uma triste realidade do nosso país que tem consequências nefastas; como muitas pessoas que se deveriam preocupar mais com assuntos verdadeiramente importantes e não preferir viver na ignorância e na comodidade( como acontece com muitos outros temas,não
é povo português?).
Mindinha*

Anónimo disse...

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