sábado, janeiro 28, 2006
Viagem
As minhas lágrimas formaram um lago de poesia, a poesia provocou a erosão dos meus sentimentos, que agora vão jazendo como areia fina numa praia de sonhos e fantasias...As fantasias conseguem levar-me ao céu como se estivesse num balão de ar quente multicolor...De repente o balão explode...BUUMM!!! Penso que vou cair.....mas não um anjo agarra-me e pousa-me numa nuvem de algodão doce...Mas no meio de tanta doçura quero ir embora..sinto-me sozinha naquele paraíso celestial, e nem anjo me faz companhia, porque existe por aí muita gente que cai dos seus balões de ar quente, e não leva pára-quedas, e por isso tem que ser amparado pelo anjo...Faço um barco com um pedaço de nuvem, e remo por entre estrelas e buracos negros..faço corridas nos aneis de Saturno, e congelo em Plutão..consigo vislumbrar o extremo da Via láctea...mas subitamente sinto-me de novo só, eu e o meu barco de doçura...Então volto...reencontro o anjo, conserto o meu balão de ar quente e volto à praia, tomo banho no lago, e evaporo-me com ele até ao local de onde vieram as lágrimas...e é lá que descubro todas as alegrias viscerais, persigo-me até encontrar a nascente das lágrimas cristalinas...E tomo uma decisão: vou tapar um bocadinho da nascente para que as lágrimas não corram tanto, e só o façam quando a tristeza o pedir muito..Porque as viagens que podemos fazer, só têm sentido se conseguirmos dar a volta a nós próprios, não em 80 dias, mas quem sabe em cem, em mil, durante toda a vida, ou toda a eternidade nos pensamento de quem nos vê enquanto estrelas no céu..
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Heresia ao amor
No borbulhar da tua boca não ouço senão murmúrios vagos daquilo que alguma vez pensei ter ouvido na ousadia carente da minha alma...Agora so restam pedaços de almas destroçadas e acoçadas por ti ò amor...Com fio de pescador tentei coser de novo os pedaços dos nossos corações, mas foi em vão e a minha metade não serviu senão de isco para os medos, angústias e desilusões de amor...E assim me vão digerindo todos estes males...Tentei ainda acariciar a tua alma com sorrisos de pétalas de rosas, que mais não encontrarão o que sempre procuram...os seus espinhos dormentes pelo tempo...Lunaticamente vou-me perdendo no corredor da heresia ao amor, que quem sabe me levará a descobrir outros mundos, outras formas de amor, que não sejam as que nos fazem chorar enquanto sorrimos, que não nos façam gemer de dor e prazer, que nos mimem e ignorem, que nos acariciem o corpo mas não o façam à alma...Será possível um amor assim?Ou se for assim já não será amor?
Anelar
Anelar
quinta-feira, janeiro 26, 2006
"We don't need no education..."
Num país conservador e de gente séria, depois de sair de um exame para o qual não estava mínimamente preparada, e cuja a matéria é daquelas arrepiantemente maçadoras, senti-me culpada...Mas subitamente navegando pela net eis que me deparo com o resultado de um estudo feito pela Faculdade de Economia do Porto que afirmava que se 60%dos alunos universitários copiavam durante os exames, sendo que esse fenómeno deveras prático, se revelava mais no Alentejo...É caso para dizer que talvez ainda tenha uma costela alentejana, quanto mais não seja pela preguiça de estudar..
Anelar
Anelar
O nada da morte
A fotografia caiu, das mãos da criança, no rio…
Confuso, o seu olhar perdeu-se ao vê-la desaparecer por entre as águas pardas e calmas e silenciosas.
Não chorou nem se rio.
Como se sentem as pessoas quando perdem alguém, num retrato?
Esqueceu a fotografia, esqueceu o sorriso e a lágrima e o rio.
Confuso, o seu olhar perdeu-se ao vê-la desaparecer por entre as águas pardas e calmas e silenciosas.
Não chorou nem se rio.
Como se sentem as pessoas quando perdem alguém, num retrato?
Esqueceu a fotografia, esqueceu o sorriso e a lágrima e o rio.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
"allways see the bright side of life"
Ás vezes bate uma tristeza tão forte, uma tristeza que vem ao de leve, silenciosamente, em pés de lã e, quando menos esperamos, já tomou conta da alma…
Nessas alturas, sentimos falta de tudo que temos e de tudo que tivemos…
Ouvimos o som do vento ao longe e das paredes brancas de um labirinto.
O mundo torna-se num manicómio e nós no mais louco dos loucos.
A cabeça gira num centro espiral de cores berrantes que doem o olhar.
Palhaços com caras medonhas riem de nós e as gargalhadas dos títeres ecoam na nossa cabeça como rezas.
As pétalas desbotam com lixívia e tornam-se opacas.
As cadeiras perdem os pés e caímos sem ecoar um único som.
As lágrimas congelam e as pestanas transformam-se em gesso.
Olhamo-nos ao espelho mas o olhar aponta-nos o dedo magro, ossudo e velho.
Gritamos e, em vez de um berro, soltamos vermelho e preto.
A fúria transforma-se em pena.
O amor em raiva.
O corpo fica maior, magro e desengonçado.
O corpo incha e pesado, perde os pés.
As costas vergam-se e contorcem-se.
A coluna dorida pede água quente, num chuveiro sem torneira.
As cortinas tilintam…
As varandas são corredores com alcatifa.
As pinturas são cidades em vez de campo…
Fura_Bolos
Nessas alturas, sentimos falta de tudo que temos e de tudo que tivemos…
Ouvimos o som do vento ao longe e das paredes brancas de um labirinto.
O mundo torna-se num manicómio e nós no mais louco dos loucos.
A cabeça gira num centro espiral de cores berrantes que doem o olhar.
Palhaços com caras medonhas riem de nós e as gargalhadas dos títeres ecoam na nossa cabeça como rezas.
As pétalas desbotam com lixívia e tornam-se opacas.
As cadeiras perdem os pés e caímos sem ecoar um único som.
As lágrimas congelam e as pestanas transformam-se em gesso.
Olhamo-nos ao espelho mas o olhar aponta-nos o dedo magro, ossudo e velho.
Gritamos e, em vez de um berro, soltamos vermelho e preto.
A fúria transforma-se em pena.
O amor em raiva.
O corpo fica maior, magro e desengonçado.
O corpo incha e pesado, perde os pés.
As costas vergam-se e contorcem-se.
A coluna dorida pede água quente, num chuveiro sem torneira.
As cortinas tilintam…
As varandas são corredores com alcatifa.
As pinturas são cidades em vez de campo…
Fura_Bolos
quinta-feira, janeiro 19, 2006
By the way
By the way fui eu um dos dedinhos aparentmente mais comprometidos da mão...
Beijinho anelar
Beijinho anelar
Que significa então viver?
M�ozinhas, no s�tio certo...!
Aqui estou eu subitamente depois de tanto tempo ausente numa procura incessante de mim própria, dos outros, ao fim ao cabo...da vida, mesmo quando nada fazia sentido...
No calor humano das nossas almas todas as coisas podem adquirir tonalidades diferentes, um suspiro, um toque, uma palavra, um carinho, uma palavra...podem fazer parte de um filme de Charlie Chaplin, onde tudo é a preto e branco;podem despertar a criança que há em nós e fazer-nos rir como se tivessemos a assistir ao novo filme de desenhos animados da Walt Disney; fazer-nos delirar num mundo surrealista, como se os acontecimentos mais fizessem parte dos efeitos especiais da Guerra da Estrelas; fazer-nos sonhar e amar como no filme Diário da Nossa Paixão(que toda a gente diz que não gosta porque é lamechas e utópico, mas que depois acabam por ver...);ou então fazer parte do novo filme de Woody Allen "Match Point", onde se questionam sentimentos, pensamentos, acções, enfim a verdadeira essência da vida...
Este turbilhão de facetas que o que vai cá dentro pode assumir, muitas vezes desespera-nos, assusta-nos, irrita-nos, faz-nos chorar e perder o alento como se não houvesse amanhã.....
Mas é porque esse amanhã existe que a vida vale pena, vale a pena lutar, vale a pena tentar, vale a pena pelos que nos amam(mas também pelos pelos outros..), vale a pena porque existem pequenas coisas que nos encantam e nos fascinam...
Voltei, mas não prometo ser presença assídua...ms quando me sentir com vontade de escrever com toda a certeza virei...
Um beijinho especial para esta maozinha que consegue fazer gestos mímicos que fazem sorrir a vida
Aqui estou eu subitamente depois de tanto tempo ausente numa procura incessante de mim própria, dos outros, ao fim ao cabo...da vida, mesmo quando nada fazia sentido...
No calor humano das nossas almas todas as coisas podem adquirir tonalidades diferentes, um suspiro, um toque, uma palavra, um carinho, uma palavra...podem fazer parte de um filme de Charlie Chaplin, onde tudo é a preto e branco;podem despertar a criança que há em nós e fazer-nos rir como se tivessemos a assistir ao novo filme de desenhos animados da Walt Disney; fazer-nos delirar num mundo surrealista, como se os acontecimentos mais fizessem parte dos efeitos especiais da Guerra da Estrelas; fazer-nos sonhar e amar como no filme Diário da Nossa Paixão(que toda a gente diz que não gosta porque é lamechas e utópico, mas que depois acabam por ver...);ou então fazer parte do novo filme de Woody Allen "Match Point", onde se questionam sentimentos, pensamentos, acções, enfim a verdadeira essência da vida...
Este turbilhão de facetas que o que vai cá dentro pode assumir, muitas vezes desespera-nos, assusta-nos, irrita-nos, faz-nos chorar e perder o alento como se não houvesse amanhã.....
Mas é porque esse amanhã existe que a vida vale pena, vale a pena lutar, vale a pena tentar, vale a pena pelos que nos amam(mas também pelos pelos outros..), vale a pena porque existem pequenas coisas que nos encantam e nos fascinam...
Voltei, mas não prometo ser presença assídua...ms quando me sentir com vontade de escrever com toda a certeza virei...
Um beijinho especial para esta maozinha que consegue fazer gestos mímicos que fazem sorrir a vida
segunda-feira, janeiro 02, 2006
um teste estupido, mas que toda a gente tem curiosidade em fazer...
Você é "Imensidão Azul" de Luc Besson. Você é sonhador, único. Muito sublime e encantador(a).
Faça você também "Que bom filme é você?" Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia
(aferição portuguesa 2006 a sair recentemente, por Mario R. Simões)
Fura_bolos ;)
Subscrever:
Mensagens (Atom)