Os poetas são imortalizados pela sua poesia, por isso nada melhor que prestar homenagem a Eugénio de Andrade expondo um dos poemas da sua bela obra poética.
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
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4 comentários:
Pode morrer o homem mas nunca morre o poeta ;)
Mindinha adorei o poema seleccionado ;)
Polegar
palavras....meu deus
Enjoyed a lot! »
Excellent, love it! »
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