Calcorrear ruas em levamentos de calçada,
lamentos de um trajeto que já não o é.
Num pranto calado envolvo-o em memoriais
de exíguos vazios que mais não fazem que
toldar a razão, aqui e agora.
Palavras doces que embalsamo,
Para não nos esquecer.
Não me esquecer.
O chão destroça-se em pedaços de algodão
prontos a voar quando terminarem
as palavras brandas enfrascadas.
Moleza do ser não combina
com este caminho, nu de pavimento.
De terra batida, descalço, entregue a si próprio.
Cadinhos de imperfeição
quando o vocábulo se solta.
Quero ir com ele, com colarinhos das amarras que me prendem a ti.
[Ou o que ainda há por fazer.]
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1 comentário:
Muito bom :)
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