segunda-feira, junho 15, 2009

Loucura

Loucura entediada nos seus caminhos desmedidos,
Pensei em derreter-me em ti,
Enquanto despontavas as garras,
Para apanhar um futuro que só parece ser possível contigo.

Bates em todas as portas,
E abres aquela que dá para a sala de amor-ódio,
Onde me encontras já em horário serôdio,
Descortinando o dia de amanhã e tentando fazer o bem por linhas tortas.

Complexa e simples,
Perigosa e sedutora,
Necessária e anexa,
E assim lá vou desenhando o teu perfil,
Com o meu bom senso ainda ardil.

Lá fora olhas-me com esse olhar traquina,
De doce menina,
Sem eira nem beira,
Sem amor nem estribeira.


Um dia também consigo escrever sobre coisas mais objectivas :P

God Help The Girl

God Help the Girl é o último projecto de Stuart Murdoch do colectivo Belle & Sebastion. Segundo Stuart, quando em tour com os Belle & Sebastian, compôs alguns temas que lhe pareceram os retalhos de personagens de um filme. Assim, Murdoch lança o desafio a si mesmo de produzir um musical cuja banda sonora serão as musicas deste seu novo projecto.
Foram castings para escolher vozes para as musicas e cá vai a pequena introdução ao mundo do God Help The Girl:



Um disco com letras fantásticas, criadas em volta de uma rapariga (ou três?)insegura mas com muita paixão (porque não?)

domingo, junho 14, 2009

Noites de Sol (ou stand by)



Uma menina, de laço azul no cabelo, tocava emoções violino.
Tocava, em noites escuras quando estava triste: sol, ré, mi, dó...
Tocava, em dias quentes quando sorria: dó, ré, sol, sol...
Um dia o velho violino dourado partiu uma corda.
A menina nunca mais chorou.
A menina nunca mais sorriu.
Noites de Sol, disse...

sábado, junho 06, 2009

Queria escrever uma letra,

Onde te desenhasse sem pressa,

Numa melodia bem doce,

Sem repiques de rapidez inglória,

Com a qual não pressinto os teus passos,

Não me antevejo no teu abraço.


Vamos fugir do paraíso,

O fruto proibido já cresce na minha mão,

Neste campo de olhares lascivos,

Com trilhos evasivos,permissivos, efusivos...ivos...ivos...ivos!!!


Não quero esse punhal com o qual me oferendas,

Quando me retratas nesse silêncio amarelado com cores de fim de tarde,

Cruzadas com os rubores voláteis de desejo,

Numa aguarela desmedida, perdida e ofendida.


Digo que não é possível.

Encerro os sorrisos e os pensamentos fugidios,

Numa bagagem,

Que vou enviar para um país bem longínquo.

Deixo que sejam conhecidos por todos e ninguém,

Pelo preto e pelo branco,

Pelo humano e desumano,

Pelo que foi e pelo que virá...

Pela equação: TUDO - TU.



Palavras escritas ao som de...