quinta-feira, outubro 11, 2007

O dia-a-dia...

O autocarro inseguro parece ter força de vontade para andar...
O rio, por baixo, brilha sobre o sol da manha: paraíso?
O autocarro vai seguindo a sua cauda, o seu conto, subtilmente, com crianças que entram e seguram na mochila, com os olhares de loucos que se riem e com os óculos escuros daqueles que escondem a magoa e... o sorriso.
O desafio da duvida e a estabilidade da certeza.
O rubro da insegurança.
A voz que enrola na língua a bipolaridade de querer incessantemente falar.
O corpo sem mensagem: as mãos perdidas sem espaço no bolso; a cinta escondida por detrás do frio; o branco na roupa do mundo.

Fura_Bolos ( :) )

4 comentários:

Mãozinhas disse...

Gostei da ambivalência das sensações, dos sentimentos..Porque qualquer equilíbrio provém sempre do desequilíbrio..

Gostei muito mesmo

Bjs

Anelar

Quidam disse...

"O corpo sem mensagem: as mãos perdidas sem espaço no bolso; a cinta escondida por detrás do frio; o branco na roupa do mundo.", que bonito... :)

gostei imenso.

Walter disse...

O final é simplesmente sublime...é sempre um prazer ler-te!
bjs

Walter disse...

mm com o tempo em contra-relogio nao da para vcs actualizarem?
bjs
walter