Muitas vezes pensava no
dia da sua morte.
Imaginava-se a conduzir numa
estrada sem carros, acompanhada pelas vozes de uma rádio regional, numa dessas
noites insignificantes pela ausência de lua.
Um rato passa à frente do
carro, olhos fechados, pé no travão, guinada para esquerda.
PUM!
Sem direito a lua nem a
airbag.
O Rádio, o único vivo da
história, tosse, no frio e no silêncio que toda a morte merece, o Hit Me Baby One More Time da Britney Spears.
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