Coimbra está em festa, a rua preenche-se de pessoas que passam e olham ou passam simplesmente distraídas, ou passam de capas negras ou com t-shirts estandardizadas… Nesta altura do ano Coimbra parece, de facto, um cidade nova, rejuvenescida por aqueles que chegam assustados e por aqueles que voltam com um novo espírito.
Pois é, mas parece-me que nem só nas ruas da Cidade estão diferentes, mas também a estruturação de alguns cursos da mesma, nomeadamente psicologia; estou, está claro, a falar do já tão famoso, já tão debatido e saturado: TRATADO DE BOLONHA!
Não espero com este post debater as vantagens ou desvantagens do mítico tratado mas, apenas, deixar aqui algumas das minhas reflexões nos últimos tempos acerca da temática.
Estes dias estava eu em casa a ouvir uma magna estudantil (vamos chamar-lhe assim) na rádio, quando dei por mim a rir alarvemente com algo tão sério como o “futuro académico do Ensino Superior em Coimbra” (lol). Sim! Porque, dado que o nosso destino ainda não está suficientemente esclarecido e delineado, há que o discutir “circensentemente” até à nossa exaustão vocal, visual e auditiva.
Na minha opinião, Bolonha não está a “bater à porta” para entrar, mas já entrou. Agora só temos uma via: recebe-la da maneira que melhor nos convém. Assim, em vez de se perder tempo com a sua chegada ou não, devemos LUTAR (este é um termo muito acarinhado nestas bandas) para que a sua implementação seja feita tendo em vista, apenas e só, o aluno e as suas condições melhores de aprendizagem.
Curioso isto porque pergunto-me, sinceramente, se em psicologia fizemos a melhor entrada em Bolonha, ou se não foi uma entrada demasiado “apressada”.
Numa faculdade em que a biblioteca fecha às 17h e as salas não chegam nem para ¼ das pessoas que deveriam estar na aula, parece-me, no mínimo, estranho… Mas não! Quanto a isso nada se pode fazer, a não ser obrigar alunos a escolher uma área que detestam só porque “há doutorados nessa área que não têm estagiários há anos” ou pior, mudar e remendar e voltar a REcolocar os alunos nas áreas de especialidade, isto é, quando estes pensavam ter entrado em clínica descobrem que, afinal, ficaram em educação; ou (a cereja em cima do bolo) ir todos os dias à secretaria duma faculdade e ouvir sempre um mísero “não sei” acerca de qualquer dúvida a respeito da temática.
Mas, não se preocupem, porque o nosso curso agora passou a ser de “primeira linha” e o melhor do país; pena é que média de entrada continue a descer e já esteja em 15.7; pena é que os exames nesta faculdade se repitam de ano para ano e de época para época e que as pessoas consigam copiar displicentemente, não sendo, por isso, os alunos SEQUER avaliados por aquilo que sabem (ou não sabem, não é?). E isto vai realmente mudar?
Enfim… este foi apenas um post em tom de desabafo porque, a partir de agora, com 8h diárias obrigatórias de trabalho acabaram os teatros, os consertos, os romances, o lanchezinho na cavaqueira e…os posts…
Pois é, mas parece-me que nem só nas ruas da Cidade estão diferentes, mas também a estruturação de alguns cursos da mesma, nomeadamente psicologia; estou, está claro, a falar do já tão famoso, já tão debatido e saturado: TRATADO DE BOLONHA!
Não espero com este post debater as vantagens ou desvantagens do mítico tratado mas, apenas, deixar aqui algumas das minhas reflexões nos últimos tempos acerca da temática.
Estes dias estava eu em casa a ouvir uma magna estudantil (vamos chamar-lhe assim) na rádio, quando dei por mim a rir alarvemente com algo tão sério como o “futuro académico do Ensino Superior em Coimbra” (lol). Sim! Porque, dado que o nosso destino ainda não está suficientemente esclarecido e delineado, há que o discutir “circensentemente” até à nossa exaustão vocal, visual e auditiva.
Na minha opinião, Bolonha não está a “bater à porta” para entrar, mas já entrou. Agora só temos uma via: recebe-la da maneira que melhor nos convém. Assim, em vez de se perder tempo com a sua chegada ou não, devemos LUTAR (este é um termo muito acarinhado nestas bandas) para que a sua implementação seja feita tendo em vista, apenas e só, o aluno e as suas condições melhores de aprendizagem.
Curioso isto porque pergunto-me, sinceramente, se em psicologia fizemos a melhor entrada em Bolonha, ou se não foi uma entrada demasiado “apressada”.
Numa faculdade em que a biblioteca fecha às 17h e as salas não chegam nem para ¼ das pessoas que deveriam estar na aula, parece-me, no mínimo, estranho… Mas não! Quanto a isso nada se pode fazer, a não ser obrigar alunos a escolher uma área que detestam só porque “há doutorados nessa área que não têm estagiários há anos” ou pior, mudar e remendar e voltar a REcolocar os alunos nas áreas de especialidade, isto é, quando estes pensavam ter entrado em clínica descobrem que, afinal, ficaram em educação; ou (a cereja em cima do bolo) ir todos os dias à secretaria duma faculdade e ouvir sempre um mísero “não sei” acerca de qualquer dúvida a respeito da temática.
Mas, não se preocupem, porque o nosso curso agora passou a ser de “primeira linha” e o melhor do país; pena é que média de entrada continue a descer e já esteja em 15.7; pena é que os exames nesta faculdade se repitam de ano para ano e de época para época e que as pessoas consigam copiar displicentemente, não sendo, por isso, os alunos SEQUER avaliados por aquilo que sabem (ou não sabem, não é?). E isto vai realmente mudar?
Enfim… este foi apenas um post em tom de desabafo porque, a partir de agora, com 8h diárias obrigatórias de trabalho acabaram os teatros, os consertos, os romances, o lanchezinho na cavaqueira e…os posts…
Fura_Bolos (vai doer)
2 comentários:
gostei...esta sim é a verdade pura e dura de uma realidade que muitos ainda vêm como longinqua...A "anestesia global" parece tomar conta da população estudantil, num clima de g«festa e copos que não antecede o que vira depois...É bom que saibamos que para além de nos conciencializarmos que Bolonha já está cá à nossa espera, escondamos as nossas expectativas na algibeira pois mais não vamos ser do que meras cobaias deste ensino que insiste em mudar de traje, quando a essência portuga continua a mesma...
Jinhos Anelar
E não acabaram as tardes na cavaqueira, de cinema, de teatro, e de algo mais..é só uma questão de reorganização da agenda social lol
Já não é tratado é processo - subiu de posto !!! :P
Mas andam prai a dizer que os alunos estão muito contentes, até fazem festas e tudi e tudi e tudi lol
Enfim... que venham eles nós portugueses aguentamos com tudo... como sempre... só digo estejam muito, muito atentos, ainda não estamos na altura de limpar e arrumar armas.
Contudo estou a gostar de ver área de clínica dinâmica já a trabalhar. È assim mesmo, "quem não trabuca, não manduca" :P
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