sábado, setembro 13, 2008
quinta-feira, setembro 04, 2008
Partida
Escrevo em anexo o que poderia ter escrito numa página principal...Num acesso fulminante de coragem ela perguntou:
-Então sempre vens comigo?
-Acho que não. Esse sítio fica longe demais-respondeu ele.
Sim, esse sítio ficava longe demais, longe de qualquer contacto previamente estabelecido...Não havia nada de familiar no lugarejo para onde iria. As paredes encontravam-se pintadas de um branco gélido, as cortinas, já gastas pelo tempo, escondiam as paisagens que ninguém quer ver...e os olhares eram vazios..vazios de alma e de fé.
Mas sim, era nesse lugar inóspito em que pensava ficar contigo. Adormecer-te nos meus braços, afundar-me em prosas sonhadoras do que há-de vir..Haveríamos de plantar um jardim, com túlipas de todas as cores, daquelas que cheiram a jasmim, e que só nós conhecemos. Finalmente abriríamos a janela e veríamos uma embarcação, em mar alto, daquelas que leva a desilusão para bem longe.
Com armadilhas, caçaríamos os predadores, aqueles que ferozmente nos vão rasgando por dentro..Faríamos um banquete com os seus restos nauseabundos de outros mundos infecundos.
Ao final da tarde sentar-me-ia contigo naquela rocha que vela o som do mar e, com contentamento, numa simbiose dançante, tua palavra ouviria. Caída a lua sobre nós, numa massa de sonhos me moldaria a ti, e num figurino improvisado talvez te visse a meu lado…
De malas feitas, parti, e num eco agonizante ouvi, por fim:
- “Já te disse: fico sem ti.”
-Então sempre vens comigo?
-Acho que não. Esse sítio fica longe demais-respondeu ele.
Sim, esse sítio ficava longe demais, longe de qualquer contacto previamente estabelecido...Não havia nada de familiar no lugarejo para onde iria. As paredes encontravam-se pintadas de um branco gélido, as cortinas, já gastas pelo tempo, escondiam as paisagens que ninguém quer ver...e os olhares eram vazios..vazios de alma e de fé.
Mas sim, era nesse lugar inóspito em que pensava ficar contigo. Adormecer-te nos meus braços, afundar-me em prosas sonhadoras do que há-de vir..Haveríamos de plantar um jardim, com túlipas de todas as cores, daquelas que cheiram a jasmim, e que só nós conhecemos. Finalmente abriríamos a janela e veríamos uma embarcação, em mar alto, daquelas que leva a desilusão para bem longe.
Com armadilhas, caçaríamos os predadores, aqueles que ferozmente nos vão rasgando por dentro..Faríamos um banquete com os seus restos nauseabundos de outros mundos infecundos.
Ao final da tarde sentar-me-ia contigo naquela rocha que vela o som do mar e, com contentamento, numa simbiose dançante, tua palavra ouviria. Caída a lua sobre nós, numa massa de sonhos me moldaria a ti, e num figurino improvisado talvez te visse a meu lado…
De malas feitas, parti, e num eco agonizante ouvi, por fim:
- “Já te disse: fico sem ti.”
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