domingo, março 27, 2005

Feliz Páscoa!

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A Páscoa…
Lembro-me que quando era pequena adorava a Páscoa, os ovos de Páscoa, a comida da Páscoa, o branco da Páscoa… Hoje em dia pergunto-me que significado terá a Páscoa para mim, que não mais um feriado… Vivemos num país católico e impingem-nos estes feriados, mesmo que eles para nós não signifiquem mais do que um dia em que nos podemos levantar mais tarde da cama…
Apesar de tudo isto, eu encaro a Páscoa como uma bonita tradição que tenho desde do tempo em que me vestia de sapatinhos de fivela, meias coloridas e andava com uma flor presa numa das madeixas do cabelo… A Páscoa passou, assim, a ser para mim, não mais do que uma bonita recordação que tento manter e que me aproxima, ainda que por apenas breves instantes, da minha infância.

Feliz Páscoa para toda a gente, principalmente para aqueles cujas paróquias vão conseguir arrebatar com uma primavera cheia de dinheiro para investir num novo santo para a igreja, que irá, certamente, ajudar as criancinhas que, “pobrezinhas, estão a morrer de fome”.

Fura_Bolos

terça-feira, março 22, 2005

...Polly Maggoo....a quem chamam paixão

Ao ler o post anterior sobre a paixão, não pude deixar de também dedicar um post a algo que é ,indubitávelmente, uma das icógnitas mais revolucionárias que ocorrem no nosso ser...(aposto que nunca tinham ouvido ou lido esta definição;p).Ela entra no nosso físico e psicológico e mexe com tudo o que lhe aparece à frente: tritura, vira ao contrário,joga pingue- pongue, faz 1000 manifestações com 10.000 palavras de ordem...ela mete-te uma venda nos olhos, como se quisesse jogar contigo à "cabra-cega" ,e tu só vais para onde ela te guia pois achas que só aí satisfazes os desejos que estão quase a explodir dentro de ti...
E o que resulta depois da acção da Polly Maggoo?...Talvez um sorriso porque algo se transformou, e aí a Polly é linda, cor-de-rosa e com contornos dourados...ou então encontras o vazio por algo k não podes satisfazer ou que simplesmente vias distorcido pela sua acção infernal, não sendo afinal o que pensavas...aqui a Polly veste-se de negro, com uns grandes olhos vermelhos e os cabelos de aço...

Isa, continuamos na mesma: afinal, " Quem és tu Polly Maggoo?"

Mindinha

Quem és tu Polly Maggoo?

Já coloquei aqui no blog a letra desta música do Jorge Palma, mas sempre que a leio mais uma vez apetece-me sempre colocá-la novamente on-line... Desta vez decidi mesmo expô-la, novamente.
Se me perguntarem não consigo dizer porque razão esta letra me toca tanto e tão fundo. Foi um amigo meu que ma mostrou e, dentro da sua simplicidade conquistou-me logo.
A Cátia disse-me que a letra era uma boa definição "daquilo que é a paixão".
Uma vez li que a paixão é uma mistura de um mecanismo fisiológico (a atracção) com uma parte psicológica. Para mim a paixão é algo quase tão indefinível quanto a indefinição e, na verdade, estará próxima de 10% de um mecanismo fisiológico e de 90% de "não sei o quê".

Ela parece leve mas traz mais do que podes imaginar
Ela traz a verdade despida, sem exagerar
Ela não esconde nada, nem mesmo o que tu nunca hás-de entender
E desfaz-te a cabeça quando lhe apetecer

Ela tem olhos doces e lábios carnudos que sabem beijar
E uma maneira tão especial de te perturbar
Ela sabe dizer-te quem foste, quem és e quem hás-de ser
Dás por ti acenando a tudo o que ela disser

Ela sabe agarrar-te, ela sabe ir buscar-te seja aonde for

Ela sabe aquecer-te, ela sabe tudo sobre amor
Ela não tem destino, nem deuses, nem dono, ela é a paixão
Ela é tudo o que mexe dentro do coração

Fura_Bolos

domingo, março 13, 2005

(in)Saciável

Um ser insaciável
Que progredi sem o saber
Porque quer.
Porque chora.
Porque a consolação
Nunca o perdoa.

Penumbra do pensamento
Que na sombra esconde
A visão do gélido ar
Que o bafo aquece,
Na incerteza
De fingir “morrer”.

“Morre” para esquecer
Que sempre viverá
Na eterna alvorada
Da existência do ser.
Sinto o cheiro,
O calor,
O sabor,
Sinto, o tocar
E algo mais.
Sinto…
O que não vejo
E também sinto
O que não ouço.

Se assim é eu também
Sinto a dor
A alegria
O amor…
De que sentido
Vem estas sensações?!
Será a nossa alma,
O sexto sentido?!
É este o ser insaciável,
A alma.
O sentido que dispara
Em todas as direcções.

E corre … corre … corre,
Mas não se cansa.
Não sabe o que é o tempo
Para saber parar
Não sabe que é a vida
Para saber “morrer”.

Sensação do sexto sentido
E mãe de todos os gestos:
Chorar, beijar,
Abraçar, esbofetear…
Conduzidos por sons
Perseguidos por ilusões
Capturadas por cheiros
Beliscados por sabores.

No sentir por sentir
Que quer sentir e não pensar!

susana (a polegar)

sábado, março 12, 2005

"Esse curioso olhar, onde são destilados, noite e dia, o choro e o riso"

E ele olhou para mim, com o mesmo olhar silencioso "de quem não ri nem chora".
Com as pestanas perfeitamente arqueadas e inocentes, com o desespero de um olho toldado por uma bolinha branca imperceptível para toda a gente menos para mim, venceu-me...
E eu, totalmente derrotada, sorri.
Um sorriso que quase que pedia desculpa por me ver reflectida no espelho do seu olhar.

Fura_bolos