domingo, dezembro 08, 2013

A morte não tem poesia.

Muitas vezes pensava no dia da sua morte.

Imaginava-se a conduzir numa estrada sem carros, acompanhada pelas vozes de uma rádio regional, numa dessas noites insignificantes pela ausência de lua.

Um rato passa à frente do carro, olhos fechados, pé no travão, guinada para esquerda.

PUM!

Sem direito a lua nem a airbag.


O Rádio, o único vivo da história, tosse, no frio e no silêncio que toda a morte merece, o Hit Me Baby One More Time da Britney Spears.